segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nebulosas

     A palavra "nebulosa" vem da palavra grega para "nuvem". Antes que os astrônomos soubessem que galáxias eram coleções distantes de estrelas, galáxias eram chamadas nebulosas por causa da sua aparência indistinta. Hoje, a palavra nebulosa é reservada para objetos extensos consistindo na maior parte de gás e poeira.
     Nebulosas são objetos de várias formas e tamanhos e são formadas de diversas maneiras. Em algumas nebulosas, estrelas se formam a partir de nuvens de gás e poeira; uma vez que algumas estrelas tenham se formado dentro da nuvem, a luz delas ilumina a nuvem, tornando-a visível para nós. Essas regiões de formação estelar são locais de nebulosas de emissão ou reflexão, como a famosa Nebulosa Orion mostrada na figura à abaixo.  


     Nebulosas de emissão são nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes de néon brilham praticamente da mesma maneira). Nebulosas de emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, o gás mais comum do Universo e que comumente emite luz vermelha.


Nebulosa da Águia situa-se na constelação da Serpente a cerca de 8000 anos-luz de distância. Esta nebulosa, descoberta por Messier no séc. XVIII e também designada por M16, é um exemplo de uma nebulosa de emissão, sendo a sua cor vermelha devido à emissão proveniente de hidrogénio ionizado.

      Nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz de uma estrela ou estrelas próximas. Nebulosas de reflexão são geralmente azuis porque a luz azul é espalhada mais facilmente. Nebulosas de emissão e de reflexão são geralmente vistas juntas e são às vezes chamadas de nebulosas difusas. Em algumas nebulosas, as regiões de formação estelar são tão densas e espessas que a luz não consegue transpassá-las. Não é surpresa, então, que sejam chamadas de nebulosas escuras.

  Nebuloda da Cabeça da Bruxa ou IC 2118, brilha refletindo a luz emanada pela estrela gigante azul Rigel.

     Outro tipo de nebulosa, chamada nebulosa planetária, é resultado da morte de uma estrela. Quando uma estrela já queimou tanto material que não pode mais sustentar suas próprias reações de fusão, a gravidade da estrela provoca o seu colapso. Quando a estrela colapsa, seu interior se aquece. O aquecimento do interior produz um vento estelar que dura por poucos milhares de anos e que leva para fora as camadas mais externas da estrela. Quando as camadas mais externas são levadas para fora, o núcleo remanescente esquenta os gases, que estão agora longe da estrela, causando o brilho deles. O resultado é uma "nebulosa planetária" (assim chamada porque se parece com planetas gigantes gasosos pelo telescópio), formada por camadas de gás brilhante que circundam um pequeno núcleo. Astrônomos estimam que nossa galáxia contém aproximadamente 10 mil nebulosas planetárias. Nebulosas planetárias se constituem em um período comum no ciclo normal de vida de uma estrela, mas eles têm vida curta, durando apenas algo em torno de 25 mil anos.

  Nebulosa Olho de Gato (NGC 6543) foi uma das primeiras nebulosas planetárias a serem descobertas e  permanece uma das mais complexas nebulosas que se conhecem.

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